la fundación ARTE O Guernica em São Paulo BRASIL Em dezembro de 1952 foi divulgada a notícia: a segunda Bienal de São Paulo (novembro de 1953 – fevereiro de 1954) teria uma retrospectiva da obra de Pablo Picasso. Picasso foi seduzido pela proposta da Bienal, uma vez que esse evento, em sua segunda edição, já estava destinado a se tornar um dos principais encontros da arte moderna latino-americana. Assim, o pintor malaguenho concordou em emprestar 32 obras de sua coleção, que estavam expostas no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York. Entre elas estava o Guernica. A decisão de Picasso não foi recebida com muito entusiasmo pelo MoMA, uma vez que esse empréstimo obrigou o museu a abrir mão, durante meses, de uma peça importante que fazia parte de sua coleção permanente desde 1941. Entre os argumentos, o museu apontou, pela primeira vez, o delicado estado de conservação da obra, o que desaconselhava sua transferência, e o fato de que nesse mesmo ano o Guernica seria enviado à Itália, para ser exibido como parte de uma exposição antológica da obra do artista em Roma e Milão. Mas a decisão final foi de Picasso e o Guernica viajou de Nova York a Milão, de avião, para ser exibido no Palazzo Reale e, no início de dezembro de 1953, voltou a cruzar o Atlântico de navio, do porto de Gênova até o porto de Santos, para ser exibido na segunda Bienal, que a partir de então ficou conhecida como a “Bienal de Guernica”. Posteriormente, a tela retornou à Nova York e, desde então, raramente deixou o terceiro andar do MoMA, até que em 1981 a obra retornou à Espanha. mais informaçÕes mais informaçÕes Mural do Guernica nas ruas de São Paulo (AGB Photo Library / Alamy Stock Photo)